quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Perplexidade Fragilizante

                         Estamos imersos num cotidiano rico em surpresas e desafios. Cotidiano advindo do mundo globalizado e em crise, que submete todos a um estado de perplexidade fragilizante. Por um lado, vê-se, diante do quadro, uma minoria, com inserção impulsionada às vantagens e generosidades. Por outro, muitos, quase todos, submetidos à inibição econômica, social e  ideológica. Portanto, ao primeiro grupo, a inclusão e o encantamento; ao segundo a exclusão e o desencanto.
                         Para os brasileiros, parece pauta do destino. O que serve, unicamente, para o registro da desconstrução da alma, de uma massa populacional,  que sofre e   agoniza, acomodada com os ditames do “assim seja”,  do “há que se conformar” e do “deixa-pra-lá”. Parece que muitos nasceram do lado da angústia, da desesperança. Enquanto outros pouquíssimos, nasceram, privilegiadas ganharam berço na bonança e/ou no oásis existencial. Pois bem, país configurado em duas margens.
                        Não há mais como tapar a pobreza e a desigualdade com a peneira do silêncio mórbido. Não dá mais para ficar nas soluções promovidas por lideranças pautadas pela soberba e pelo júbilo perverso.  Chegou a hora do equilíbrio que promova o destino de todos e não somente de alguns.
                       Todos os brasileiros estamos à espera de atos advindos de uma política viabilizada pela maturidade. Precisamos de instituições dignas, honestas, que neguem o corporativismo. E assim possam destituir a autorização da loucura que vinga  em seus quadros. Por essa via, possamos acreditar que deputados, senadores, magistrados e governadores, fiquem parceiros de um povo que apenas quer trabalhar e viver o sentido de cidadania.
                                                                                                                 Alberto Pantoja

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