quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Abismo


O sol traduziu três poemas da lua,
Num dizia de uma senhora cansada,
E já sem aptidão para a vida...
Compreendia que o tempo passou,
E que já não valia retornar lá onde esteve.
Noutro, o registro trazia um jovem rapaz,
Que desejava ter vivido tudo...
Não compreendia que somente se vive,
O que é possível, ou o que não fica obscurecido,
Pelo não dá conta de ter sofrido.
O sol sentiu pela lua. Pois, como é difícil!
A solidão da noite, talvez, não seja tão diferente,
Da ilusão da alegria do dia.

                                                   Alberto Pantoja




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